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Junior Grossi: WordPress + Laravel

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1. De onde surgiu a idéia de juntar o WordPress com o Laravel?
Fui dono de uma agência de publicidade durante nove anos e tínhamos clientes de todo tipo, porte, etc. Um desses clientes, em 2013, tinha um portal todo desenvolvido em WordPress, mas suas necessidades eram muito customizadas, com muitas pessoas envolvidas no projeto, inclusive jornalistas de fora do Brasil. Assim, em virtude de toda a base do projeto já estar criada, resolvi criar uma nova camada utilizando algum framework MVC, de maneira a separar melhor as funções de cada pessoa envolvida, porém, utilizando tudo que já estava pronto no back-end, que no caso era em WordPress. Assim, escolhemos utilizar o Laravel para o front-end, mas mantendo o WordPress como gerenciador de conteúdo do portal.

2. Quais os benefícios dessa integração?
Existem casos e casos. A utilização do Corcel consiste na instalação de um pacote via Composer. Eu, particularmente, vejo a utilização do Corcel em dois principais casos: o primeiro seria para interligar um blog em alguma aplicação já existente, de maneira que utilizaria o WordPress para gerenciar este blog separadamente da aplicação. A aplicação somente iria consultar os dados vindos do WP. O segundo caso seria utilizar literalmente o WordPress como back-end app e qualquer outro framework PHP no front-end. Assim você pode ter uma estrutura bem mais customizada, utilizando de MVC e demais padrões de projeto, sem deixar de lado o WordPress, que trabalharia como o fomentador de conteúdo por trás. Já tivemos casos de sucesso de integração do Corcel com Silex, Slim, CakePHP e principalmente Laravel, como foi feito no portal alemão https://mitvergnuegen.com/. A grande vantagem do Corcel é que você tem tudo separado, podendo ter os models da sua aplicação, que consultam o banco de dados dela, e os models do Corcel, que consultam o banco de dados do WordPress, tudo junto, mas separado rs.

3. Em quais tipos de aplicações o Corcel pode ser usado?
O Corcel pode ser usado em qualquer aplicação PHP (antiga ou nova). O Corcel é um pacote Composer, então a única coisa que você precisa é ter uma integração com ele, o que se resume em incluir o arquivo “vendor/autoload.php”. Você pode ter qualquer aplicação, desde Slim, Silex, PHP puro, Zend Framework, Symfony, etc, que basta incluir o pacote do Corcel e você já consegue utilizar todos os modelos customizados, como Page::slug('about')->title para pegar o título da página cujo slug é “about”, por exemplo.

4. O Corcel é um projeto concluso ou você está trabalhando em novas features para ele?
O Corcel começou bem pequeno, em 2013, mas atualmente já possui todo o banco de dados do WordPress mapeado em forma de models e classes, inclusive com relacionamentos, como Post::find(1)->author->name. Temos desenvolvedores de nove países ajudando no projeto. Nosso esforço hoje é criar integrações no front-end para conciliar com o padrão do WordPress no back-end, como, por exemplo, autenticação. Atualmente você consegue se autenticar no Painel do WordPress usando a classe Auth do Laravel. Ainda temos várias novas features em andamento, como integração com plugins de SEO e Tradução, por exemplo. Temos muito trabalho pela frente ainda, e toda ajuda é sempre bem vinda.

A mensagem que gostaria de deixar com esta palestra é principalmente sobre a importância de criar e/ou contribuir com projetos open source. É cada vez maior a quantidade de empresas que analisam este ponto a fundo, sendo inclusive fator de decisão na contratação de um novo desenvolvedor. Contribuir com projetos open source é muito bom, faz bem pro currículo e principalmente pro aprendizado. Existem projetos muito bacanas que ajudam a vida de muita gente, criado por pessoas de dentro do seu país e até mesmo de sua cidade. Contribua você também.

Junior Grossi é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Daniel Kossmann Ferraz: automação

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1. Quando você percebeu que precisava de soluções para automatizar tarefas repetitivas?
Começou bem cedo, acredito que em 2000/2001, na época eu era bem ativo no IRC em um canal chamado #webmasters na rede BrasNET. Sempre haviam pessoas perguntando coisas como “como coloca um contador no meu site?”, “quero criar um fórum, onde baixo um código?”, “onde posso achar imagens gratuitas?”, e via que eu me repetia muito nas respostas, então resolvi criar um “script” chamado WTA (WebTeam Add-on) que adicionava um menu no mIRC (na época eu usava uma modificação chamada Full Throttle) com uma lista de tipos de serviços separados por categorias e eu selecionava um deles e ele colava a lista no canal direcionando para a pessoa que perguntou. Resolvi compartilhar ele para possibilitar que outras pessoas também o utilizassem e pudessem colaborar também. Na época eu nem tinha ideia do que era Software Livre. Uma curiosidade engraçada, meu nick era DarK_WeB, bem coisa de adolescente, rs

Outra grande mudança nesse sentido foi por conta de um site que existia na mesma época chamado, se não me engana a memória, Webmasters Online, onde no site havia um contador de quando iria acontecer a próxima atualização de conteúdo e conversando um dia com o criador, ele me explicou que essa atualização era toda automática (hoje em dia, o famoso agendar post, rs). Isso abriu minha mente para muitas possibilidades de automação e eu acabei criando um site que fazia algo parecido baseado em um sistema de pontuação e quantidade de artigos disponíveis em uma fila de espera. Na época eu estava aprendendo PHP e nem existia o WordPress ainda, o CMS mais conhecido era o PhpNuke. Fico aqui imaginando o quão divertido teria sido se eu já tivesse começado podendo utilizar todo o poder que o WordPress oferece hoje em dia…

Quando comecei a trabalhar profissionalmente com sites, percebi que eu constantemente realizava tarefa que eram muito repetitivas entre os vários projetos, principalmente toda a parte de instalação, manutenção e migração de sites. Então quando algo começa a se repetir, começo a pensar em como eu não poderia otimizar aquela atividade para que eu pudesse ter mais tempo para fazer outras coisas mais divertidas.

2. Qual a importância do terminal no gerenciamento de sites?
É muito legal criar coisas através de uma interface, mas a partir do momento que você coloca a mão no terminal, você começa a ter uma visão completamente diferente, muito mais ampla, principalmente porque você começa a entender como as coisas funcionam e são estruturadas.

É possível fazer muita coisa sabendo apenas os comandos básicos do terminal e conforme a necessidade for surgindo, você pode ir aprendendo mais coisas. Quer exportar o banco de dados de um site em WordPress para fazer um backup ou migração? Você não precisa de um plugin para isso (nem do PhpMyAdmin)! Você pode utilizar o comando mysqldump ou utilizar ferramentas já existentes que ajudam a automatizar muitas tarefas como o wp-cli. Quer automatizar esse backup? É possível criar um script que roda no horário que você definir através do cron. Através de uma interface, você está sempre limitado às funcionalidades de quem programou e muitas vezes perde bastante tempo clicando em várias opções e botões para executar uma tarefa. É claro que se você tiver acesso ao código você poderia adicionar essas funcionalidades que precisa, mas acredito que na maioria das vezes é bem mais prático e rápido você criar um script para resolver essa tarefa.

Acredito que além do ganho na velocidade (na maioria das vezes é muito mais rápido abrir um terminal e executar um comando do que ter que abrir uma interface e ter que esperar carregar e fazer vários cliques), também tem a questão da autonomia, pois você tem muito mais possibilidades para fazer várias combinações de comandos. Que tal criar um comando para atualizar o WordPress, que automaticamente faz primeiro o backup do banco e dos arquivos e depois atualiza o core e plugins em seu ambiente de homologação para depois de testado colocar tudo em produção?

Hoje em dia eu vejo que minha experiência profissional deu um salto muito grande quando eu deixei de usar painéis de controle, para fazer as mesmas coisas por um terminal. No começo dá mais trabalho, você se depara com muitos erros e situações que você não faz a mínima ideia de como resolver, mas tudo isso agrega muito na sua experiência e vai expandindo seu conhecimento e capacidade de resolução de problemas.

3. É possível incluir esses processos dentro da rotina de equipes que contam com vários desenvolvedores?
Não é só possível, como é algo que eu recomendo fortemente. A automatização pode resolver vários problemas comuns em equipes com vários desenvolvedores, como por exemplo permitir o deploy de código para o ambiente de homologação, e mais tarde de produção, sem sequer nenhum deles terem acesso direto ao servidor, o que também acaba sendo um ganho de segurança. É possível também criar rotinas para automação de criação de sites, backups, exportação de sites, otimizações de imagens, limpeza de arquivos, etc. As possibilidades são infinitas.

Para as empresas, o principal ganho é na redução significativa de tempo gasto com tarefas repetitivas, que normalmente não agregam em nada no valor final de um projeto, e também uma maior segurança, pois a automatização retira o fator de erro humano ao realizar essas tarefas. Já para os desenvolvedores a principal vantagem é poder ter mais tempo para focar na programação, não precisando mais se incomodar com essas tarefas que normalmente não exigem nada da sua capacidade de resolução de problemas.

Infelizmente nem sempre as pessoas responsáveis pelas decisões conseguem visualizar a vantagem em investir tempo para automatizar tarefas, pois é preciso inicialmente gastar mais tempo do que se a tarefa fosse feita manualmente, sem contar que muitas vezes nós mesmos estamos diariamente “apagando incêndios” e é difícil se afastar um pouco para ter uma visão mais global e perceber o que pode ser automatizado para otimizar o nosso trabalho. Mas posso garantir que uma vez que você começar a ter tarefas automatizadas, é muito difícil voltar atrás.

4. Você colabora ou já colaborou com o desenvolvimento de alguma ferramenta para automatização?
Ainda não, o WordCampBH será meu primeiro grande passo nesse sentido, nele vou compartilhar uma metodologia que minha empresa já está utilizando faz algum tempo para automatizar o gerenciamento de sites. A ideia da palestra é apresentar uma solução alternativa ao WordPress Multisite e aos plugins disponíveis, que através de comandos simples no terminal, torne possível gerenciar vários sites de forma rápida e sem muito trabalho.

Daniel Kossmann Ferraz é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Octávio Romes: Direitos autorais

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1. As leis brasileiras hoje dão conta de proteger os conteúdos veiculados na web?
Sim! A proteção de conteúdo, que para o direito é visto como as diversas criações humanas de cunho intelectual, é previsto pela própria Constituição da República em conjunto com leis específicas, como por exemplo, a lei de software e a lei dos direitos autorais. Além disso, propicia meios para que o registro da autoria do conteúdo se efetive junto aos órgãos registrais (INPI, Biblioteca Nacional).

2. Em caso de violação, qual o primeiro passo que deve ser tomado e em que momento o autor deve procurar a orientação de um advogado?
Usaram sua imagem/fotografia sem a devida autorização? Publicaram seu texto sem qualquer referência? Primeira coisa: PROVAS! No judiciário, ganha quem prova o que alega. Então, tire prints das telas em que o conteúdo foi publicado, vá até um Cartório de Notas e faça uma ata notarial para que o tabelião relate todo o ocorrido e deixe claro a sua não autorização para a publicação e uso. Tudo isso ajuda (e muito) na hora de buscar o auxílio da justiça.

Como adepto da prevenção, sugiro que o autor tenha uma assessoria jurídica para auxiliá-lo na proteção e registro dos conteúdos na medida em que forem sendo produzidos (entenda-se por assessoria um profissional especializado em que se possa fazer consultas quando necessário). Como isso nem sempre é possível, constatado o uso de conteúdo sem autorização, procure um advogado especializado imediatamente para que se possa tomar as medidas judiciais cabíveis.

Mas não se esqueça… PROVAS! É o mais importante.

3. Por que é importante os produtores de conteúdo para web conhecerem os modelos de licença?
Simplesmente porque cada licença, seja free ou paga, é acompanhada de termos e condições que devem ser obedecidos pelo usuário. Lá o fabricante deixa claro o que pode e o que não pode ser feito com a ferramenta. Um erro muito comum que usuários cometem é, como no caso do WordPress, achar que como a ferramenta é free, se pode fazer o que eu quiser com ela… E não é bem assim.

4. Como o WordPress pode ajudar na proteção do conteúdo?
Existem plugins muito interessantes para WordPress que ajudam na proteção de conteúdo, não permitindo aos usuários fazerem cópias do conteúdo do site ou blog, salvar imagens, utilizar o botão direito do mouse, além de desabilitarem o famoso CRTL+C e demais atalhos, dentre outros bloqueios, como o “WP Content Copy Protection & No Right Click“.

Octávio Romes é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Lucas Murta: Symlink em WordPress

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1. Pode explicar em linhas gerais o que é o Symlink?
Uma definição do termo Symlink seria Link Simbólico. Esse link simbólico é um arquivo especial de disco do tipo link, que tem como conteúdo o caminho para chegar até o arquivo alvo. Podemos relacionar sua funcionalidade com aqueles velhos atalhos do Windows que costumamos ter na área de trabalho. A diferença é que o Symlink aponta para diretórios como se os arquivos realmente estivesse no local solicitado.

Aplicando estes conceitos à estrutura do WordPress, você poderá atualizar vários sites de forma rápida e escalável, padronizando assim a sua base.

2. Qual é o background que o desenvolvedor precisa ter para começar a trabalhar com Symlink?
É necessário que o desenvolvedor tenha experiência em desenvolvimento com o WordPress, para saber lidar com o impacto das atualizações, métodos de teste e validação.

3. Qual o ganho de produtividade que esse modelo proporciona?
Com o Symlink, você pode agilizar bastante seu processos de manutenção e atualização de sites. Com apenas um simples comando você pode atualizar toda sua rede de sites de forma dinâmica.

4. Por onde começar?
A solução do Symlink é fantástica pois é extremamente simples, basta ter conhecimentos básicos em Unix/Linux e da estrutura básica do WordPress.

5. Cite algumas aplicações práticas com o Symlink.
Plugins: você pode atualizar todos os plugins comuns em todos os seus sites. No mesmo exato segundo.
Temas: desenvolver temas com o poder da estrutura Symlink fará você criar sua própria Matrix, tendo o poder de atualizar funções a qualquer momento. Sim você pode ser o Escolhido!
WordPress: mantenha seus sites sempre nas versões mais recentes de forma rápida, segura e testada.

Lucas Murta é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Daviwp: segurança

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1. Uma instalação padrão de WordPress pode ser considerada segura ou exige alguns ajustes do desenvolvedor?
Se o WordPress for instalado em um servidor confiável, que tenha especificações de segurança próprias para o CMS, sim, é seguro a instalação padrão, sem a necessidade de utilizar plugins. Porém, é fundamental mantê-lo atualizado.

2. Quais são as principais brechas de segurança em sites que usam WordPress?
As principais brechas, são plugins, servidores e dados de acesso ao painel do WordPress.

3. Qual a participação de temas e plugins na segurança do site?
Plugins são desenvolvidos de qualquer jeito e colocados no repositório do WordPress. Não sabemos a intenção exata do desenvolvedor. É preciso estudar o plugin, verificar de fato sua funcionalidade. Então, para não correr riscos, faça a própria a aplicação ou procure algo pago que passe mais confiança.

Os temas trazem menos vulnerabilidades, mas como nos plugins é preciso fazer uma análise e um estudo do tema, principalmente seus scripts. Nunca utilize temas e plugins craqueados, são iscas.

4. Plugins como o Wordfence e iThemes Security já são o suficiente para garantir a segurança?
Não são a solução. Considero como um obstáculo para dificultar um pouco mais, mas não podemos confiar 100%. Imagine uma porta com uma fechadura; você acrescenta mais uma, mas é preciso reforçar toda a porta.

5. Como a escolha de um bom serviço de hospedagem influencia na segurança do site?
Sim, é preciso saber escolher um bom servidor. Pesquise servidores exclusivos para WordPress que garantem a segurança da parte deles.

Cuidado com os compartilhados. Não significa que são ruins, mas você é mais um entre muitos sites hospedados. As máquinas compartilhadas têm suas configurações padrões para atender todo tipo de projeto e talvez você não tenha liberdade de alterar um recurso que te protega de um futuro problema de ataque.

Daviwp é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Gabriela Leroy Oliveira: marketing digital

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1. Por que pequenas empresas, ou até empresas de uma pessoa só, devem se preocupar com marketing digital?
Os hábitos de consumo mudaram muito nos últimos anos. Consultar determinados produtos e serviços na internet antes de escolher em qual empresa fechar a venda é quase automático e instintivo.
Junto a isso, veio também a comunicação bilateral. No modelo tradicional de marketing, a empresa falava com o cliente, e ele não tinha muitas formas de se comunicar. Agora, o maior produtor de conteúdo é o cliente – e ele está onde? Na internet!

Aquele textão que a gente vê no facebook, por exemplo, com alguma reclamação ou elogio precisa ser monitorado pelas empresas, e isso independe do tamanho do negócio.

Seu cliente está na internet, e você precisa estar também por pelo menos dois motivos:

  1. adquirir novas oportunidades de venda;
  2. acompanhar o que ele fala da sua empresa, já que ele tem a capacidade de expandir ou exterminar o seu negócio apertando o “enter”.

2. Qual é a importância das redes sociais dentro de uma estratégia de marketing digital?
As redes sociais são ferramentas de relacionamento com o cliente. No meio dessa mudança nos hábitos de consumo, o relacionamento passou a ser mais valorizado. Os clientes querem que as empresas tirem suas dúvidas e conversem com eles de forma individualizada, e a empresa percebeu que manter um cliente é mais vantajoso e lucrativo do que conquistar novos (e que forma temos de fidelizar um cliente, se não através do relacionamento?).

3. Quais são os principais erros cometidos por quem está lançando sua marca ou seu produto na web?
Um dos erros mais comuns é não conhecer o seu público. Muitas empresas ainda caminham com a mentalidade de que o público pode ser definido em duas linhas, contendo apenas sexo, média de idade e classe social. Agora é fundamental conhecer os seus grupos de clientes potenciais da forma mais detalhada possível, para identificar inclusive quais suas objeções de compra mais comuns e se preparar para quebra-las.

Outro erro muito comum é a utilização de redes sociais como ferramenta de venda. É claro que elas podem (e vão) trazer bons números para o negócio, mas esse é um papel secundário. As redes sociais surgiram para relacionar, e é para isso que elas precisam ser utilizadas no primeiro plano.

Não saber quais são as métricas fundamentais para a sua empresa também é um erro muito comum e que precisa ser revertido o quanto antes. Muitas empresas se prendem às famosas métricas de vaidade, que não possuem significado real para o crescimento da empresa, e esquecem de se atentar àquelas que realmente podem dizer se o seu negócio vai bem ou está à beira do abismo.

4. Qual o primeiro sinal de que uma estratégia de marketing digital está dando errado?
Quando o ROI (retorno sob investimento) não está bom, é a bomba. Antes disso, conseguimos ir observando as métricas mais importantes para a empresa. Se a taxa de conversão está muito baixa e os números não melhoram gradativamente nem com o refinamento da estratégia (segmentação, por exemplo), é sinal de que alguma coisa primária não foi bem definida, e pode colocar em risco todo o investimento. Grande parte dos problemas nas ações de marketing digital está antes da ação propriamente dita (do planejamento para trás é onde normalmente está o problema).

Cá entre nós, um segredinho que será abordado na palestra: uma das maiores causas desse tipo de problema é o investimento nas estratégias erradas. Não é porque todo mundo está investindo em inbound marketing, por exemplo, que você tem que investir. Já diria minha mãe “você não é todo mundo”, e isso vale também para os investimentos em marketing digital. Nem sempre a estratégia da vez é adequada para o seu negócio, e é aí que você tende a perder dinheiro sem saber.

É necessário sair daquela visão utópica do seu negócio e entende-lo sem visão tendenciosa para tomar as decisões certas! 🙂

Gabriela Leroy Oliveira é uma das palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Jefferson Camargo e Léo Baiano: home viva

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1. A proposta da palestra é mostrar formas de melhorar a integração entre layout e conteúdo. Quais são os benefícios que isso traz para o site?
Parte da proposta da palestra é demonstrar que a estratégia de conteúdo de um site, em uma home de um portal por exemplo, pode moldar e mudar totalmente o aspecto visual e disposição da informação de acordo com a necessidade.

2. Quais recursos e plugins o WordPress disponibiliza para tornar essa integração mais simples e produtiva?
Na apresentação vamos mostrar como criar um sistema que permite editar o conteúdo e o layout da página inicial de um portal de conteúdo, visualizando as alterações em tempo real e mapeando os clicks dos visitantes para saber quais blocos e estruturas dão melhores resultados no que diz respeito a chamar o usuário para a ação.

3. Interfaces visuais devem seguir padrões já conhecidos pelos usuários ou experimentar novas configurações?
Interfaces em geral seguem padrões de comportamento conhecidos e moldados pelo usuários ao longo de anos. Entretanto, existem pesquisas que visam identificar qual é a eficácia de implementar um novo comportamento ou uma nova funcionalidade.

4. Qual o conhecimento desejável que designers e produtores de conteúdo devem ter sobre o uso do WordPress?
Para acompanhar e entender as informações que serão passadas na palestra, designers e produtores de conteúdo só precisam de conhecimento mínimo em suas áreas de atuação. Porém, a apresentação contará com uma etapa mais voltada para programadores onde serão apresentadas técnicas e códigos para fazer o sistema funcionar. Nesta etapa, é exigido conhecimento mínimo de lógica de programação para não se perder.

Jefferson Camargo e Léo Baiano são palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Keyla Silva: a importância dos testes

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1. Quais são os principais pontos que definem um site de qualidade?
Cada site possui características próprias e as particularidades devem ser respeitadas. Por isso, nem todos os pontos citados abaixo podem ser aplicados. Mas ao aplicar a grande maioria deles, podemos gerar padrões de construção e desenvolvimento que garantam sites de qualidade com boa aceitação e utilização. Os pontos são:

  • Orientar e conduzir o usuário: Durante a navegação o usuário pode se perder nas páginas. Portanto, para minimizar essa dispersão, o site deve sempre informar o usuário em que página ele se encontra, como chegou até ali e quais são suas opções de saída.
  • Legibilidade, estética e quantidade de informação: Quanto menos o usuário for distraído por informação desnecessária, maior a probabilidade de encontrar o que realmente procura.
  • O usuário deve sempre controlar suas ações: As ações no site devem ser reversíveis.
  • Capacidade do site em se adaptar ao contexto e necessidades do usuário: Devido a diversidade de usuários e suas formas de interação com o site, faz-se necessário que a interface seja flexível o bastante para realizar a mesma tarefa de diversas maneiras.
  • Evitar ao máximo a ocorrência de erros: Quanto menor a probabilidade de erros, menor são as interrupções e melhor é o desempenho e a satisfação do usuário.
  • Padrão e usabilidade na escolha da interface: Um bom site deve ser facilmente reconhecido, identificado e utilizado pelos usuários.
  • Compatibilidade entre o site e o contexto de aplicação: O site deve ter uma linguagem familiar ao usuário. Por isso, não se deve utilizar termos técnicos relacionados à tecnologia web.

2. Qual a importância dos testes nesse processo?
Os testes são importantes pois:

  • Somente o processo de desenvolvimento não garantirá que o produto esteja livre de defeitos;
  • Os testes indicam a presença de defeitos no produto;
  • Quando um produto não é testado, há uma grande chance deste produto possuir erros ou defeitos, assim este produto não vai satisfazer as necessidades do cliente e dos usuários;
  • O cliente quando não está satisfeito com o produto, dificilmente irá contratar novamente a empresa para criação de novos produtos;
  • Se um produto não atende o usuário, ele simplesmente troca por outro onde suas necessidades e expectativas sejam melhores atendidas;
  • Quando não há qualidade no produto, a empresa fica com imagem negativa;
  • Com os testes, é possível ter maior garantia de que o produto não possui erros críticos, os quais, quando existem, podem causar grandes prejuízos para o cliente e/ou usuários.
  • Com os testes, novos clientes ficarão interessados em seus produtos devido às recomendações.

3. Testes devem ser feitos em qualquer tipo de site?
Todos os sites devem passar pela fase de teste, pois o teste será o processo de execução do site para determinar se ele atingiu suas especificações e funcionou corretamente no ambiente para o qual foi projetado. O seu objetivo é revelar as falhas existentes no respectivo site, para que as causas dessas falhas sejam identificadas e possam ser corrigidas antes da disponibilização do site na internet.

4. Como os profissionais podem criar o hábito de realizar testes nos produtos que desenvolvem?
Profissionais que construírem hábitos de qualidade irão produzir produtos com mais qualidade, e consequentemente gerarão produtos com boa aceitação e utilização. Para isso, é necessário visualizar a qualidade não como um item a mais no processo de desenvolvimento do produto, mas como um fator fundamental que garantirá a satisfação dos clientes e usuários.

5. Quais são as principais ferramentas de teste que você usa em seu trabalho?
Mantis Bug Tracker para gerenciar defeitos dos softwares testados; SoapUi para testar Web Services; OWASP para realizar testes de segurança; Selenium IDE e WebDriver para automatização de testes de software; TestLink, Rational Quality Manager e Team Foundation Server para gerenciar os testes de software, com a especificação dos planos de testes, casos de testes e suítes de testes, com a execução dos casos de testes, registro dos resultados dos testes, geração de métricas e relatórios, entre outros.

Keyla Silva é uma das palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Otaviano Silvério de Sousa: Marco Civil da Internet

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1. Qual sua avaliação sobre o Marco Civil da Internet dois anos após ter entrado em vigor?
O Marco Civil da Internet é uma lei extremamente necessária para nossa sociedade que já está na era da informação e comunicação há algumas décadas. Mas infelizmente é uma lei mal compreendida. Muita gente critica o projeto do marco civil sem jamais tê-lo lido ou sabe muito pouco sobre o seu conteúdo. Se utilizarmos parâmetros práticos para avaliação da lei, presumo que nada mudou nas relações digitais desde sua entrada em vigor. Não mudou pelo simples motivo de não compreendermos a lei e não exigirmos os direitos e que façam cumprir os deveres.

2. De que forma ele altera o trabalho de profissionais da área de TI?
A lei reconhece e apoia os direitos de liberdade de expressão, privacidade e segurança dos usuários. É importante conhecê-la para tomar cuidado com os temas como Neutralidade da rede, logs de acesso as aplicações, direitos e deveres de portais e aplicativos na web.

3. Qual foi a importância do Marco Civil da Internet nas recentes discussões sobre as franquias na internet fixa?
Sobre a discussão referente ao limite de dados, com base no Marco Civil que muitas dessas operadoras já estão enfrentando processos na Justiça. O artigo 7º da lei garante, claramente, que um usuário só pode ter sua navegação interrompida por conta de falta de pagamento, e apenas após a devida notificação.

Otaviano Silvério de Sousa é um dos palestrantes do WordCamp BH 2016.

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Anyssa Ferreira: WooCommerce

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1. Quais são as principais falhas cometidas por temas pagos que oferecem suporte ao WooCommerce?
Uma das principais falhas que são cometidas por temas premium são relacionadas ao fato de que esses temas oferecem um excesso de recursos, já que são feitos para servir a maior quantidade possível de fins. Assim, é comum encontrar-mos os temas “multipurpose” (multipropósito), que servem para sites corporativos, portfólios, e-commerce e outras coisas. O primeiro problema é que, para isso, muitos temas acabam carregando muitos scripts, estilos CSS e outros elementos que nunca serão usados, prejudicando a performance. Na palestra, falarei sobre outro problema comum: como esta falta de “especialização” de um tema pode prejudicar o objetivo principal do site, que é vender.

2. O WooCommerce permite ao designer ir além da interface básica de um e-commerce?
O WooCommerce foi criado seguindo algumas regras de layout de e-commerces que já estavam estabelecidas na época. Por exemplo, a listagem de produtos em grid, o carrinho de compras em tabela, etc. Estas formas de exibição são padrão pois funcionam muito bem. Porém, o plugin permite a personalização de todas estas estruturas. Basta que os designers e desenvolvedores conheçam o funcionamento do WooCommerce para começarem a explorar as possibilidades e irem além da personalização básica de CSS. Falaremos sobre estas possibilidades e como alterar totalmente o visual do plugin.

3. Por que questões de usabilidade e acessibilidade não devem ser deixadas de fora em um e-commerce?
Por um único e simples motivo: taxa de conversão. Quanto melhor é a usabilidade de um site, mais as sessões são convertidas em vendas. E acessibilidade é a base da usabilidade para pessoas que tem algum tipo de deficiência ou necessidade especial. Se um site não atende o usuário, ele simplesmente troca para outro e efetua a compra onde for melhor atendido, assim como nas lojas reais. Mostrarei exemplos e comparações sobre a importância da usabilidade e acessibilidade para as lojas físicas versus lojas virtuais.

Anyssa Ferreira é uma das palestrantes do WordCamp BH 2016.

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